Luís Figueiredo

No futebol atual, a vertente financeira é um aspeto muito importante para o projeto desportivo de um clube. Assim, com as dificuldades tanto ao nível da angariação de patrocínios (reduzidos devido à COVID-19) quanto ao nível do número de adeptos presentes nos estádios (em declínio devido ao interesse por outras atividades), a venda de jogadores oriundos da academia estabelece-se cada vez mais como um dos pilares na sustentação dos clubes de futebol. Essa prática é relevante tanto para gerar receita com as vendas quanto para atrair novos adeptos aos estádios e impulsionar a venda de camisolas. Desenhar e estabelecer um projeto desportivo de sucesso requer o empenho e o trabalho de todos, além de considerar aspetos fundamentais como tempo e paciência. Os projetos para desenvolver atletas devem ser elaborados com um horizonte de médio/longo prazo, ou seja, durante um período de 4 a 6 anos. As bases precisam ser sólidas, e o treinador principal da equipa sénior deve desempenhar um papel fundamental no projeto. Ele deve ter liberdade para expressar sua opinião, garantindo que a visão e a filosofia estejam alinhadas com as decisões tomadas. Além disso, o treinador deve ter uma palavra importante na contratação e na transição de jogadores, participando ativamente no dia a dia das atividades do clube. Dessa forma, ele pode trocar feedbacks com o staff da academia, acompanhar in loco o desenvolvimento dos jovens atletas e inspirá-los a ter a ambição de serem chamados para treinar na equipa principal, aumentando sua dedicação e empenho. Durante a minha experiência de dois anos na Finlândia, na segunda época, deparei-me com muitas dificuldades, como castigos e lesões graves que afetaram o número de atletas disponíveis. Com o mercado fechado, a solução foi convocar jogadores da categoria U17, que já tinham começado a treinar na pré-época com a equipa principal. Quando a necessidade surgiu, esses jogadores foram integrados em definitivo. No final da época, dois atletas, com 15 e 16 anos, que estrearam na equipa principal, foram vendidos a uma das melhores equipas da Finlândia, o KUPS, o atual campeão. O caminho entre o futebol de formação e o futebol profissional envolve várias etapas cruciais. Não é apenas o desenvolvimento técnico, tático e físico que importa, mas também o desenvolvimento mental e pessoal do atleta. É fundamental, durante esse percurso, preparar o atleta para a pressão do futebol profissional, para a crítica constante, para a frustração causada por lesões ou por não ser escolhido para jogar. Esse trabalho desenvolve resiliência, capacidade de trabalho, gestão de emoções, liderança, respeito, ética e equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. É igualmente importante preparar o atleta para a gestão financeira, um aspeto crucial na vida de um jogador, especialmente porque muitos jovens recebem salários elevados em comparação com a média da população. Essa repentina disponibilidade financeira pode levar a gastos excessivos, investimentos inadequados e, em alguns casos, a dificuldades financeiras significativas após o término da carreira desportiva. Preparar os atletas para o pós-carreira também é essencial, orientando-os sobre opções para o período posterior à sua trajetória como jogadores, de modo que a transição seja feita de forma mais ponderada e natural. Se queremos ter atletas de sucesso no futuro, é essencial planear o presente de forma cuidadosa, considerando sempre o seu desenvolvimento enquanto atletas e, mais importante, enquanto pessoas e indivíduos inseridos numa sociedade cada vez mais complexa e desafiadora. Palavras-chave: Desenvolvimento + Atleta + Humano + Resiliência

Na última década, a integração e o desenvolvimento da tecnologia no futebol têm sido fundamentais para a sua evolução, permitindo aos seus diversos especialistas uma abordagem mais analítica e detalhada de todo o processo. Assim, cada vez mais, a equipa técnica terá de ser composta por treinadores multidisciplinares nas mais diversas áreas, que trabalham toda a informação para que o treinador principal possa tomar as melhores decisões possíveis. O treinador principal terá de ser, cada vez mais, um profissional completo, capaz de interpretar a informação fornecida pelos seus colaboradores. Considero importante que, nas suas experiências passadas, o treinador tenha tido contacto com o maior número possível de inputs das mais diversas áreas, para que possa estar preparado e aumentar a probabilidade de sucesso nas suas escolhas. É crucial incluir na equipa técnica alguém responsável pela monitorização do desempenho dos atletas, recorrendo ao uso de GPS. Esta área é fundamental, pois avalia indicadores-chave do desempenho, como frequência cardíaca, carga de treino, calorias gastas/necessárias, velocidade e distâncias percorridas, tanto no treino como no jogo. Estas informações são essenciais para evitar o treino excessivo e o surgimento de lesões, garantindo uma condição física ideal e permitindo ao treinador gerir o plantel de acordo com os jogos a realizar, de forma a manter a "forma" da equipa o mais constante possível. Outra área importante é a análise tática, na qual se podem utilizar câmaras (ex.: VEO), drones, que oferecem uma perspetiva diferente do jogo, e softwares de análise (ex.: Métrica), que permitem mapear todo o jogo e extrair informação visual detalhada sobre jogadas padrão, movimentos individuais e coletivos. Estas ferramentas facilitam a identificação de espaços a explorar no adversário, informações que podem ser apresentadas aos jogadores durante a preparação do jogo ou fornecidas em tempo real ao treinador. O Big Data é cada vez mais relevante no futebol de alto rendimento, e contar com um profissional especializado nesta área tornou-se indispensável numa equipa técnica. O Big Data permite uma análise detalhada dos jogadores, medindo detalhes como a precisão dos passes, a qualidade do drible, as distâncias percorridas, a eficiência dos sprints e a técnica de corrida. Com esses dados, é possível analisar o desgaste físico dos atletas, ajudando os treinadores a tomarem decisões informadas. Além disso, o Big Data também pode ser usado na prevenção de lesões, monitorizando a carga física e os sinais de fadiga, protegendo os atletas e evitando sobrecargas no treino. No que diz respeito ao scouting, o Big Data auxilia na descoberta de talentos, identificando atletas com base em características específicas e comparando estatísticas para selecionar aqueles que apresentam os melhores indicadores. Assim, os clubes conseguem encontrar jogadores que se encaixem no seu modelo de jogo, reduzindo a probabilidade de erro na contratação. Como vimos, todas estas áreas mencionadas são cada vez mais essenciais para o treinador, ajudando-o a tomar decisões sobre o jogo, estratégias e feedbacks a transmitir para dentro de campo, bem como em relação a futuras transferências. Palavras-chave: Monitorização de desempenho, análise tática, Big Data.

Quando chegamos a um novo clube, é normal que os jogadores e parte do staff olhem para o treinador e para a sua equipa técnica com alguma desconfiança, a menos que este venha substituir um treinador que não estivesse a demonstrar confiança ou a obter resultados. Nesse caso, o sentimento predominante poderá ser de esperança, o que também pode ser um desafio. Assim, é fundamental que o treinador e a sua equipa técnica implementem estratégias para demonstrar que merecem a confiança no seu trabalho. No meu último artigo, já referi a importância de realizar reuniões individuais com todos os atletas e com o staff. Estas reuniões permitem ao treinador compreender as preocupações de cada elemento e refletir sobre o que pode e deve ser ajustado. O treinador deve adotar um comportamento agregador, ser um exemplo para todos e agir sempre com verdade e frontalidade. Deve tratar todos dentro do clube de forma igualitária. Os problemas devem ser abordados dentro do balneário, onde todos possam partilhar as suas opiniões. Saber ouvir é essencial para tomar as melhores decisões em benefício de todos. É crucial que haja um sentimento de justiça e que todos sintam que são importantes, que as suas vozes são ouvidas e que desempenham um papel relevante no conjunto da equipa. Quando existe abertura e são dadas explicações claras, com argumentos sólidos, todos compreendem as razões por detrás das escolhas do líder. Mesmo que nem todos concordem, todos reconhecem que o treinador tem a responsabilidade de tomar decisões, o que gera respeito e confiança no caminho traçado por ele. Palavras-chave: Liderança + Comunicação + Empatia

Para um treinador, após este ter escolhido o seu próximo projeto, é importante construir uma equipa vencedora e de sucesso. Então, como podemos fazer isto acontecer? Com base na minha experiência, vou referir alguns aspetos que considero muito importantes para que isto possa acontecer. Em primeiro lugar, e antes de ter a primeira reunião com a equipa, é muito importante realizar uma reunião individual com cada jogador, para que seja possível conhecê-lo um pouco. Assim, saber o histórico de lesões, o histórico das últimas épocas, a(s) posição/posições favoritas e quais as características que ele considera mais importantes e as que tem de melhorar, assim como saber onde ele se imagina dentro de um determinado período de tempo, por exemplo, 5 anos (o que permite avaliar a ambição e a maturidade do atleta), estabelecer objetivos individuais e conhecer a opinião do jogador acerca da equipa e de onde ele pensa que esta pode chegar. É importante que o treinador saiba ouvir e registar os feedbacks dados pelos atletas, guiando esta conversa com pequenos inputs que levem o atleta a refletir. Após ouvir todos os atletas individualmente, chega a hora de fazer a primeira reunião com a equipa, onde serão estabelecidos os objetivos e metas a alcançar. Aqui, é importante referir que estes objetivos devem ser realistas e devem alinhar-se com o que foi discutido anteriormente nas reuniões individuais com os atletas. O treinador deve ter “plantado a semente” na mente dos jogadores para que estes sintam que o objetivo é realista e possível de atingir. Após o estabelecimento de metas e objetivos individuais e coletivos, é importante realizar uma apresentação com todo o staff e atletas, para que possam ver, sentir e refletir sobre a forma como se vai desenrolar todo o processo de trabalho. É importante que o treinador transmita a sua visão do jogo, de treinar o jogo, de sentir o jogo. Este é o momento em que o treinador começa a passar informações sobre os conceitos, como entende e aplica esses conceitos, a sua linguagem e como vai comunicar. É também importante realizar uma análise exaustiva à equipa, às suas caraterísticas, e, caso seja necessário, reforçá-la com jogadores que venham acrescentar valor, que partilhem dos mesmos valores (nível mental), da mesma ambição, mas que, a nível técnico-tático, possam ser diferentes, aumentando assim o leque de opções. Uma equipa de futebol deve ser imprevisível e dominar várias ideias de jogo, pois cada jogo é diferente e depende de vários fatores, como: o adversário, o resultado e o tempo de jogo, o local do jogo (casa/fora), o clima, as lesões. O melhor treinador é aquele que consegue ensinar a equipa a ler e a entender o jogo e o jogar. É fundamental que os jogadores saibam e compreendam a tomada de decisão, o porquê de mudar a forma de jogar e o que significa alterar o seu comportamento posicional em função do que o jogo lhes oferece. O mais importante para o treinador é ser frontal e verdadeiro com os seus atletas, para que estes possam compreender o seu papel dentro da equipa e se sintam parte integrante da mesma. Acreditar na mensagem, compreender o objetivo, querer mudar, caso seja necessário, aceitar e corrigir os próprios erros. É fundamental que o treinador consiga incutir esta postura nos seus jogadores, para que eles possam acreditar e lutar até ao fim, por si mesmos e pelo seu líder. Vão dar tudo por uma ideia, por uma forma de estar que deixa de ser de uma pessoa e passa a ser de uma equipa. Palavras-chave para a construção de uma equipa vencedora: Comunicação + Frontalidade + Valorização + Objetivo Comum

A minha última experiência profissional foi na Índia, na cidade de Hyderabad, uma das cidades mais tecnológicas daquele país, onde todas as grandes marcas estão instaladas. Durante toda esta experiência, senti-me muito bem acolhido e muito valorizado por todas as pessoas, desde os jogadores, treinadores ou até simples adeptos que pediam para tirar fotografias na rua. A Índia, é um país gigantesco, do tamanho da Europa, com climas diferentes e cultura diferentes, mas com um potencial enorme. Os atletas possuem técnica, são fortes fisicamente, mas necessitam de melhorar os seus conceitos táticos e o seu entendimento do jogo. Os clubes, cada vez mais se vão estruturando, as academias de futebol vão aparecendo, mas falta à Índia dar o último passo, para que este possa ser considerado uma potencia asiática – Precisa de melhorar a sua organização e de internacionalizar os seus atletas. A organização, precisa de ser implementada em primeiro lugar na All India Football Federation (AIFF). É necessário organizar ao nível dos cursos de treinadores, trazer os melhores formadores do mundo para darem formação aos seus treinadores, que apesar de serem interessados e curiosos, precisam de compreender melhor o jogo e o seu ensino. É importante e fundamental organizar também as competições do futebol jovem, conferindo assim, uma prática regular e tempo de jogo aos seus jovens atletas e treinadores. As diferentes divisões no futebol sénior, também necessitam, de uma revisão e de uma nova estruturação, com a criação de novas competições, para que o tempo de jogo dos atletas possa ir aumentando, assim como, a fomentação da paixão pelo futebol nas novas gerações. Um dos pontos positivos, é o aumento do número de equipas da Super Liga Indiana, que vai deixar de ser um sistema fechado e dentro em breve vai passar haver subidas/descidas, permitindo assim, que a competitividade aumente. O futebol, não é o principal desporto do país (sendo este o cricket), mas a paixão que vi nas pessoas pelo desporto e pelo entretenimento, realizando um trabalho de imagem, melhorando a capacidade de marketing, o futebol pode facilmente desenvolver e evoluir para que dentro de poucos anos possa ser um dos depostos mais praticados. Os biliões de pessoas que existem no país, assim como o gosto pelo entretenimento, será sem dúvida um mercado muito bom e a explorar nos próximos anos. É importante, inverter também, o ciclo de contratação de jogadores, onde os jovens jogadores possam ter a sua oportunidade, surgindo assim com a ambição de conquista e de crescimento. É também fundamental a internacionalização do jogador indiano, a criação de referências com experiência internacional, que possam assim ajudar na divulgação de toda uma indústria gigante, ajudando não só a vertente financeira dos clubes, mas também na questão de jogadores selecionáveis para a seleção nacional. (Por exemplo: quantos jogadores da seleção de Portugal jogam no campeonato português?) Para ajudar na concretização deste ponto, é importante realizar parcerias internacionais com clubes e Academias da Europa. A partilha de Know How para os seus treinadores e todo o seu staff será sem dúvida uma mais valia, assim como a possibilidade de darem experiência internacional aos seus atletas, com a possibilidades de fazerem estágios em clubes europeus. Do ponto de vista do treinador estrangeiro, o mercado indiano é muito apelativo, quer pelo interesse, respeito e valorização profissional que é dada por todos, quer também pelo fator financeiro, pois as condições que podem ser oferecidas quer na Indian Super Liga, quer na I League, podem ser acima da média. Assim, as palavras chave para o desenvolvimento do futebol na Índia são: Organização + Projetos desportivos + Marketing + Parcerias Internacionais

A nossa vida, é feita pelas escolhas constantes que realizamos desde o acordar até ao deitar, e assim, como no futebol, a escolha acertada do próximo passo (clube), poderá levar ou não a uma carreira desportiva de sucesso. Este sucesso, não quer dizer que se tenha de ganhar sempre, ou ser campeão todos os anos. Este sucesso quer dizer que os objetivos que foram propostos pelo clube, foram atingidos. Estes objetivos podem ser de diferentes parâmetros, tais como: - Formar jovens atletas para os campeonatos profissionais; - Conseguir a manutenção na mesma divisão; - Aumentar o número de atletas oriundos das equipas do futebol formação, e ajudar a sua transição para a equipa principal; - Formar e desenvolver jovens atletas, levando a que estes tenham paixão pelo deporto para que possam ficar no futuro ligados á modalidade nas mais diversas funções. Primeiramente, e antes de um treinador aceitar uma proposta, é importante, que este já tenha, ou que venha a realizar uma reflexão individual de si mesmo, para que se possa conhecer melhor. É importante, o treinador conhecer as suas características, os seus pontos fortes, os seus aspetos e atributos a melhorar, enquanto treinador e enquanto pessoa. Esta reflexão deve ser realizada dia após dia, erro após erro, experiência após experiência. É fundamental, o treinador ser conhecedor do seu perfil, ou seja: se é treinador forte a entrar no meio da época e a injetar motivação quando esta não existe; se é treinador forte na resolução de conflitos; se é treinador formador (trabalhar nas equipas de formação); se é treinador forte na sua personalidade, transmitindo união e liderança; se é treinador forte e exigente, mas que só dura 1 a 2 épocas, pois após esse tempo existe o desgaste; se é treinador para projetos a longo prazo (4, 5 anos ou mais) no mesmo clube. Após ter realizado a sua reflexão e ter encontrado as suas respostas, o treinador vai estar mais seguro de si, confiante no seu futuro e na sua próxima escolha. Por vezes, a paciência é a chave do sucesso. Após análises das propostas dos clubes e dos seus projetos, ficará mais claro o caminho a seguir, pois ambas as partes (clube e treinador) deverão convergir no mesmo sentido. Um treinador quando é contratado por um clube, deve acrescentar as suas ideais a uma estrutura já existente. É fundamental, após aceitar uma proposta, refletir em alguns aspetos importantes, tais como: a história do clube; quais as melhores temporadas; qual/quais o/os sistema/s táticos em que a equipa jogou mais vezes e a que teve mais sucesso; quais as melhores transferências do clube; os jogadores que o plantel possui e aqueles que podem ser contratados, para que as ideias do treinador possam ser aplicadas na prática no campo. Para um treinador estar mais próximo da vitoria, mais do que ter bons jogadores, é preciso ter bons treinos e os melhores jogadores disponíveis para interpretar as ideias do treinador. Estando as três partes (Clube, Treinador, Jogadores) alinhados com uma ideia e objetivo comum, a alegria, a satisfação e a felicidade vão estar presentes nos jogos, o que vai proporcionar um bom ambiente para os adeptos. Não nos podemos esquecer que o futebol é entretenimento e o nosso dever é distrair os adeptos e fazê-los esquecer nem que seja apenas durante 90 minutos dos problemas das suas vidas. Esta é a magia do futebol.

Todos os anos, durante o final do mês de maio e o mês de junho, os clubes de futebol renovam o seu sentimento para a nova época desportiva, definindo os seus objetivos, muitas vezes irrealistas. Grande parte das equipas quer subir de divisão ou ser campeã, o que faz com que o rigor financeiro e a realidade em que estão inseridas sejam afetados por sonhos que podem comprometer o seu futuro imediato. Os projetos desportivos devem ser elaborados a médio/longo prazo (3/4 anos), para que todas as bases sejam construídas e o clube possa progredir de forma sustentada e numa base de crescimento. É importante analisar o contexto do clube, a divisão em que está inserido, os principais rivais na conquista dos objetivos, as equipas de formação, o departamento de scouting, as épocas anteriores dos campeões ou das equipas que subiram de divisão, assim como a filosofia de jogo que o clube quer implementar. Para o sucesso a longo prazo, não poderão existir grandes lacunas e grandes diferenças entre os diferentes departamentos, sendo que o crescimento tem de ser constante em todas as áreas. No futebol, os clubes devem ser geridos como uma empresa, onde o objetivo deve ser claro e realista, e onde existem algumas reflexões importantes que a direção do clube deve realizar, tais como: • O que o clube quer para o futuro? • Existe a criação ou o seguimento de algum projeto? • Que ideias e modelo de jogo queremos? • Como contratar um treinador? • Que processos seguir para a escolha desse treinador? • Equipa técnica: do clube ou vinda com o treinador? • Como contratar os jogadores? Depois, no futuro, consoante o resultado, devem ser tiradas conclusões e apuradas responsabilidades. Nunca está tudo bem, e o crescimento acontece com a avaliação dos erros cometidos. O clube tem de valorizar os seus ativos para que a vertente financeira possa credibilizar e projetar a ambição do clube na concretização dos objetivos traçados. Os clubes devem escolher o profissional mais competente para liderar o projeto, e a esse profissional tem de ser dado tempo para que as suas ideias possam ser implementadas. Os adeptos são também parte importante na vida de um clube e, por isso, a mensagem deve ser passada de forma a que estejam sempre presentes e que percebam a (nova) filosofia e o (novo) caminho do clube, para que o futuro deste esteja assegurado e para que o amanhã seja mais exigente e os objetivos traçados hoje possam ser atingidos. Assim, os aspetos-chave para o sucesso de um projeto desportivo num clube de futebol são: análise do contexto, escolha dos profissionais, comunicação e paciência. Se está à procura de um software de treino para criar os seus exercícios de treino e gerir questionários de bem-estar e PSE, então recomendo vivamente que confira o ScoutDecision aqui: Software de Treino de Futebol